Autor(es): Charles Bukowski
Sinopse: Nesta coletânea que reúne poemas de 1974 a 1977, Bukowski reflete uma série de experiências próprias, objetos, lugares e pessoas (principalmente mulheres) que conheceu e esmiúça um mundo marginal, no qual o amor é regado a bebida e drogas e não obedece a regra alguma. A poesia de Bukowski – que se orgulhava de ter escrito seu primeiro poema aos 35 anos – é marcada por um realismo lírico, repleta de informações biográficas, cheia de humor cáustico e desencantado. O melhor poeta da América, na opinião de Jean-Paul Sartre, exercitou uma escrita de temática urbana, mostrando o pior da sociedade americana, utilizando uma linguagem direta, crua. Como a prosa, cada poema de Charles Bukowski corta como aço de navalha. Ele expõe as vísceras da realidade, revolve o cotidiano, e, de onde nem se pensa que sairá um poema, brotam versos de pura genialidade. Algo como um saxofone gemendo na noite fria. As ruas molhadas refletindo o brilho feérico do neon. Fantasmas da madrugada buscam um gole da bebida mais forte que encontrarem. Bares fechando; a luz amarelada, o odor acre de suor misturado com álcool e muito tabaco. Poucos souberam, como Charles Bukowski, arrancar versos de quartos sórdidos de hotel, becos imundos, mulheres de todas as formas, bocas vermelhas demais, madrugadas longas, solitárias. É o bepop dos marginalizados, dos perdedores, pensadores de sarjeta, filósofos encharcados de uísque vagabundo.