Autor(es): Mark Twain
Sinopse: A nova edição manteve o formato original, com o posfácio de Michel Sokoloff e apresentação de Carlos Heitor Cony. Ilustrações: detalhes das telas de Pieter Bruegel, o Velho. Geralmente considerado um escritor "juvenil" e um "humorista", Mark Twain recebeu elogios bastante enobrecedores. Segundo Ernest Hemingway, "toda a literatura moderna norte-americana nasceu com Huckleberry Finn". E William Faulkner chamava Mark Twain de "o pai do romance nos Estados Unidos". Se suas obras mais conhecidas - As aventuras de Tom Sawyer (1876) e Huckleberry Finn (1884) - conservam aquele estilo de prosa humorística, o mesmo já não se pode dizer de O estranho misterioso, que ele escreveu no fim da vida e que só foi publicado em 1916. Mais do que um romance de aventuras e totalmente diferente de suas obras "juvenis" e "humoristas", O estranho misterioso é um livro da maturidade, universalista, uma perturbadora indagação sobre a natureza do ser humano. Neste livro, Mark Twain nos leva para a Idade Média, numa pequena aldeia adormecida e apartada do mundo, onde surge um "estranho misterioso" que desafia a ordem estabelecida e se mostra capaz de realizar magias e proezas, ler mentes, ver passado e futuro, tornar-se invisível e mudar o destino das pessoas. Encontramos em O estranho misterioso uma ideia que C.G. Jung iria desenvolver: a realidade psicológica é a única que existe. Percebemos aqui a futura visão junguiana de que bem e mal são uma única coisa e estão ambos presentes em Deus, em Satã e na Natureza. Esta edição foi enriquecida com detalhes das telas de Pieter Bruegel (1525-1569) e com um ensaio de Michel Sokoloff sobre os estados alterados de consciência, o xamanismo e a influência de O estranho misterioso na moderna literatura iniciática.